segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Crise cria 'geração perdida' em países ricos

O grande problema deles foi ter nascido no ano errado. Ou na geração errada. São jovens na faixa dos 20 aos 30 anos. Estudaram muito mais do que os seus pais. Viajaram e aprenderam diferentes idiomas. Estão habituados às novas tecnologias de comunicação e cresceram em períodos de relativa bonança, sem ter a criatividade e a liberdade tolhidas por regimes autoritários, guerras ou outras contingências.

Ainda assim, não conseguem uma oportunidade para entrar no mercado de trabalho.



Impulsionados pela crise e por medidas de austeridade, crescentes níveis de desemprego entre os jovens em alguns países desenvolvidos - e principalmente na Europa e EUA - estão criando o que a imprensa e economistas desses países vêm chamando de "geração perdida" ou "geração desperdiçada".

Nos países que estão sofrendo duramente com a crise, os índices de desemprego entre os jovens da faixa dos 20 aos 30 anos são bem maiores do que os da população em geral. A situação é particularmente grave para os que têm até 24 anos e procuram o primeiro emprego, mas jovens com alguma experiência que saíram do mercado por um ou outro motivo também estão com dificuldade para voltar.

Na Espanha e na Grécia, onde a situação é mais grave, o desemprego entre jovens até 24 anos ronda os 50%. Em 2006, os índices nesses países eram de 18% e 25% respectivamente, segundo a OCDE.

Em Portugal, Irlanda e Itália, o índice de desemprego juvenil ronda os 30% e Na França e Grã-Bretanha já ultrapassa os 20%, mais que o dobro da média geral.

Nos Estados Unidos, desde 2006, a porcentagem de jovens desempregados subiu de 10% para 17% segundo a OCDE.

É claro que a crise atinge a todos, mas os jovens estão sofrendo mais porque, ao detectar um desaquecimento econômico, o primeiro que as empresas fazem é interromper as contratações, como explicaram à BBC Brasil Stefano Scarpetta, vice-diretor de Emprego, Trabalho e Assuntos Sociais da OECD e Richard Jackman, especialista em mercado de trabalho da London School of Economics and Political Science (LSE).

Uma segunda medida comum é despedir os trabalhadores que estão em contratos temporários - em geral, também profissionais na faixa dos 20 a 30 anos.

Por trás das estatísticas, há histórias de talentos desperdiçados e expectativas que não se cumpriram - milhares de jovens que foram levados a acreditar que, se estudassem mais e se preparassem melhor para o mercado de trabalho, teriam um futuro profissional garantido e uma posição social confortável.

Agora, com uma coleção de diplomas na parede, não conseguem sair da casa dos pais

Exemplos

A espanhola Sonia Andolz-Rodríguez, por exemplo, fala seis idiomas - espanhol, catalão, inglês, alemão, italiano e árabe -, tem duas graduações (uma em Direito, outra em Ciências Políticas e Relações Internacionais) e dois mestrados da renomada Universidade de Oxford (Antropologia Social e Estudos sobre Refugiados e Migração Forçada). Também tem alguns anos de experiência profissional - ela só parou de trabalhar para estudar na Inglaterra.

De volta à Espanha, ela está procurando trabalho há 13 meses, desde que terminou o mestrado. "Simplesmente, não são abertos novos postos em ONGs e instituições da minha área de atuação", disse à BBC Brasil.

"Já morei oito anos fora do meu país e não queria ir embora de novo porque sei que é nesse momento de crise que ele mais precisaria de profissionais bem preparados. Mas a verdade é que, do jeito que a situação está, não há como ficar aqui."

Para Ava Givian, que vive em Londres e, desde que se formou em Criminologia, há sete meses, já enviou de 800 a 900 currículos, há um descaso com o problema por parte das autoridades políticas do país. "É frustrante. Estou bastante deprimida por ter estudado tanto para nada", diz, após contar que a irmã, socióloga, chegou a trabalhar em uma rede de supermercados.

Sub-emprego e emigração



Sem trabalho, alguns jovens fazem uma peregrinação por estágios não-remunerados - muitas vezes tão concorridos como trabalhos pagos. Outros, se dedicam a "sub-empregos".

Na Espanha, é cada vez mais comum encontrar jovens que omitem qualificações no currículo para conseguir empregos como vendedores por exemplo. Na Inglaterra, o número de jovens com formação universitária empregados como garçom, funcionários de supermercados e outros trabalhos não qualificados aumentou 6% no último ano segundo a Higher Education Careers Service Unit.

Um caso de grande repercussão foi o da jovem Cait Reilly, formada em geologia na Universidade de Birmingham. Cait entrou com um processo contra o governo depois que, dentro de um esquema introduzido sob a administração David Cameron, foi obrigada a trabalhar arrumando as prateleiras de uma loja Poundland - que vende diversos produtos por uma libra (R$ 3,2) - para continuar a receber seu seguro-desemprego.

Como as empresas não precisam pagar pelos trabalhadores recrutados nesse esquema, a defesa da jovem alegava que ele era ilegal e contraproducente, desestimulando contratações. Além disso, Cait dizia que a obrigação lhe forçou a largar um trabalho voluntário em um museu, mais relevante para a carreira que queria seguir.

Seus argumentos foram julgados improcedentes pela Justiça, mas a contenda dá a medida das dificuldades que os jovens de países ricos estão tendo de enfrentar para se inserir no mercado.

Um grupo importante pensa em emigrar, como fizeram seus ancestrais menos qualificados no passado. Uma pesquisa da Organização Internacional de Migrações (OIM) divulgada neste mês, por exemplo, revelou que 107 mil europeus deixaram o continente após a eclosão da crise em direção, principalmente, à países latino-americanos, como o Brasil.

Até o primeiro-ministro português, Pedro Passos Coelho, sugeriu que os jovens de seu país emigrassem para conseguir mais oportunidades de trabalho - abrindo uma grande polêmica em seu país.

Consequências

Para especialistas, as altas dos índices de desemprego entre os jovens - e em especial o crescimento das taxas de desemprego de longo prazo (mais de um ano) - podem ter efeitos bastante graves e duradouros para a economia e a sociedade dos países ricos.

"Pesquisas indicam que jovens que demoram para se inserir no mercado de trabalho também tardam mais para se desenvolver profissionalmente e, em geral, têm salários mais baixos que aqueles que encontraram oportunidades logo após a faculdade", explicou Scarpetta.

Quanto mais tempo a pessoa ficou desempregada, maior esse efeito "cicatriz", descrito por economistas como Paul Gregg, da Universidade de Bath.

Jackman lembra que o desemprego também tende a agravar problemas de saúde pública - com o aumento de casos de depressão e ansiedade.

"Além disso, embora seja difícil de calcular, há um custo coletivo envolvido no desperdício desses talentos, habilidades e qualificações, cuja criação envolveu o investimento de recursos", completa Scarpetta. "Toda a sociedade perde."

*Colaborou Robert Donald

Fonte: http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2012/10/121003_geracao_perdida_ru.shtml

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Social Business: Uma Questão de Negócio


Lendo sites de tecnologia, encontrei uma matéria interessante, que vale a pena compartilhar. O post abaixo é uma adaptação do debate realizado por 6 executivos no IT Media Debate:

#, retweet, @, fan Page, marcar foto, atualização de perfil, me recomende, followers e afins…. O que sua empresa tem a ver com estes termos tão usados pela famosa geração Y?



Abandone conceitos particulares, desfrute de um relacionamento que é bom para todos. Se você está pronto para embarcar nesta ideia, considere-se pronto para entrar no fantástico mundo do social business.

A nova geração não se sente usurpada por receber um e-mail do chefe depois do expediente. Este é o novo modo de vida deles. E os ganhos com a aplicabilidade de social business são inúmeros, segundo os executivos.

As empresas também adotam posturas bastante inéditas para o meio corporativo. Consentino explicou que, certa vez, soltou um comunicado na rede social e um funcionário de outro estado respondeu, de forma aberta, criticando o texto, dizendo que estava incoerente com o que o presidente da companhia havia prometido em outra ocasião. “Na hora, algumas pessoas próximas a mim acharam que o comentário deveria ser excluído e o profissional ser até penalizado. Mas não! A rede é para isto mesmo! Parei para analisar e meu texto não estava claro no quesito apontado pelo funcionário. Respondi me desculpando pelo erro”, afirma.

Costa, da IBM, coleciona histórias moderninhas na rede social da Big Blue. Um dos casos curiosos diz respeito ao lançamento do iPad. Quando a novidade chegou, um grupo de funcionários abriu uma comunidade na rede da empresa para falar sobre o tablet. Lá, postaram até como burlar a rede da IBM para conectar o aparelho. Nada foi reprimido. Quando a IBM foi trabalhar em torno do iPad, coletou diversas informações da comunidade. Bingo! Sem repressão, a criatividade rolou solta e o monitoramento da rede foi usado a favor do negócio da empresa.

O grande desafio está em entender como se aproveitar das redes em seu negócio.

“Não é fazer redes sociais por redes sociais. A consumerização demanda e empurra o conceito. O melhor PC que você usava era no trabalho, agora isto é invertido. As pessoas querem ter produtividade dentro da empresa com seus aparelhos”, lembra Costa, da IBM, ao apontar que não se pode reduzir a questão de social business à tecnologia que se usa. A questão é: como você usa tudo isso a favor do seu negócio? “O impacto para todas as empresas será muito grande. Quem não se tornar um social business terá problemas no mercado. A tecnologia não é o ponto central da discussão”, pontua.

O fim das fronteiras entre pessoal e profissional foi o que levou o Google a lançar, este mês, novas funcionalidades no Google+ voltadas às empresas. “Queremos que nossa rede seja a veia principal de comunicação entre as pessoas”, afirma FernandoTeixeira, head pre-sales Latin America da Google. Do mesmo modo, a Totvs espera que assim como os funcionários, seus clientes usem o By You para qualquer aspecto de sua vida. “Hoje ficou mais fácil buscar a informação, mas ficou mais difícil porque todo mundo está fazendo a mesma coisa. E agora vamos ter de lidar com o monstro que criamos. Neste momento, o desafio é fazer com que o próprio sistema seja um indivíduo na rede, podendo interagir automaticamente”, afirma Laercio Cosentino, CEO da Totvs.

A sacada de que indivíduos agrupados pelo mesmo interesse profissional interagindo na rede renderia negócios foi o que manteve o sucesso do LinkedIn. “Você consegue recrutar o profissional que você deseja por meio do buscador. Hoje, são 175 milhões de profissionais no mundo e 9 milhões no Brasil”, conta Osvaldo Barbosa de Oliveira, diretor-geral do LinkedIn Brasil.

A velocidade do acesso à informação, o agrupamento de pessoas por interesses em comum e a troca de ideias na web, atestam uma opinião unânime entre os seis executivos no que tange a produtividade. Ao contrário do que se imaginava sobre a internet ocupar parte do tempo para a distração dos funcionários, as companhias presentes relatam aumento de produtividade nas corporações, por conta do uso do social business. Claro que é preciso definir uma estratégia com políticas claras para isto. Segundo Costa, da IBM, há estudos que indicam que o uso dos conceitos das redes sociais internamente nas empresas, onde os funcionários interagem entre si, pode gerar um ganho para a força de trabalho de cerca de 20%.

Na Totvs, o help desk social interno – feito pela rede social By You – reduziu em 30% o custo com o atendimento aos 12 mil funcionários. Na IBM, que conta com cerca de 450 mil empregados no mundo todo, o uso da busca social – além da tecnologia tradicional de buscar por palavra chave – economizou cerca de 4,5 milhões de dólares por ano. “As pessoas acham as informações que precisam muito mais rápido, isto se traduz em ganhos de produtividade”, explica Costa.

Claro que tudo isso leva ao famoso jargão: explosão de dados, pela quantidade de informação, que leva ao big data, que leva à computação em nuvem, que leva a inúmeras possibilidades de negócios em torno do social business. Desde o desenvolvimento das plataformas de relacionamento até o uso das informações no que diz respeito à evolução do conceito de CRM.

A LikeStore é um caso de empresa que nasceu olhando para este entorno. A companhia cria lojas no Facebook e já possui nove mil clientes. Mas Ricardo Grandinetti, product manager, avisa: “O negócio tem que ser pertinente. É preciso analisar o quanto meu produto é social e quanto ele faz sentido ser vendido na rede”.

Por outra lado, fora do comércio propriamente dito, a Locaweb também encarou a rede de frente e relatou como uma comunicação transparente com o cliente agrega benefícios intangíveis ao negócio. Com histórico neste quesito, inclusive quando teve de fazer uma gestão de crise, Gilberto Mautner, CEO da Locaweb, explica que a adoção das redes sociais na estratégia da empresa está acontecendo por estágios:

O inevitável - “As pessoas estão falando de você, antes que você permita. A primeira ação foi estabelecer um diálogo e interagir. O cliente diz: ‘tem algo que não funciona bem’ e, de forma humilde, você se disponibiliza para ajudá-lo”.

Primeiro estágio: importância da rede e diálogo.

Conhecendo o terreno - “Começamos a estudar por meio de ferramentas de reports quais são os principais tópicos, impacto e reputação”.

Segundo estágio: análise.

Ação sem firulas - “Iniciamos o diálogo, produzindo conteúdo com informações úteis aos nossos clientes e desenvolvedores. Não fazemos propaganda ou autopromoção”.

Terceiro estágio: abordagem proativa nas redes sociais.

Próximos Passos - “A abordagem é unificar o conceito de CRM com redes sociais. No nosso CRM vemos os dados internos dos clientes, nada mais natural que plugar isso aos interesses que eles manifestaram na rede”.

Quarto estágio: CRM Social.


Fonte: http://crn.itweb.com.br/39372/social-business-uma-questao-de-negocio/

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

30 Novas Carreiras Promissoras


Anualmente, a rede Laureate faz um estudo no qual mapeia as áreas do conhecimento que deverão ganhar projeção no mercado de trabalho e exigir profissionais nos próximos anos.
Com o estudo, a instituição identifica demandas de mercado, que muitas vezes nem as organizações sabem que têm, e procura criar cursos adequados para atender as empresas.
O estudo de 2011 aponta que parte significativa das novas carreiras está relacionada às indústrias de tecnologia da informação, engenharia, energia e à sustentabilidade. Outra parcela estará concentrada em serviços, em áreas como entretenimento e saúde. Confira quais são:
 
1 - Administrador público
Há um grupo crescente de instituições privadas que participam da gestão pública. Essas instituições precisam de administradores. Estamos falando de fundações empresariais que atuam em meio ambiente, cultura e educação, e empresas de serviços de concessão pública. Há também organismos internacionais e ONGs. no funcionalismo público, os governos federal e estadual estão criando planos de carreira mais robustos, com salários melhores. Estima- se que nos próximos dez anos somente a administração federal vá contratar 10 000 funcionários. as fundações empresariais já estão recrutando 200 administradores por ano.

2 - Tecnólogo e engenheiro de petróleo e gás

Aumentaram as possibilidades de trabalho na cadeia produtiva de petróleo e gás nos últimos anos com os projetos de exploração do pré-sal. o setor deve gerar 1,7 milhão de empregos até 2020. É uma carreira que possibilita atuar nas áreas de exploração, perfuração e produção e nos segmentos de processamento, distribuição, comercialização e transporte.

3 - Especialista em recuperação de áreas urbanas degradadas

A preocupação com os impactos gerados no meio ambiente pelas ocupações urbanas tem sido cada vez maior, o que causa uma busca de especialistas em restauração das áreas degradadas. Os recrutadores são construtoras, empresas de projeto, consultorias e instituições públicas ligadas a obras de infraestrutura. Há demanda por pessoas capazes de elaborar planos de recuperação desses ambientes urbanos, principalmente nas grandes cidades que carecem de planejamento.

4 - Coordenador de desenvolvimento da força de trabalho e educação continuada

Em nome da competitividade, as empresas estão tendo de assumir a responsabilidade por manter seus funcionários atualizados. o coordenador de educação continuada será o responsável, dentro das companhias, por gerenciar programas de qualificação em nível avançado. A função exige maior conhecimento estratégico que o atual responsável por treinamento.

5 - Matemático

No setor financeiro, matemáticos podem ser uma alternativa a engenheiros nas áreas de risco e modelagem financeira. A matemática aplicada é bastante requisitada pelo mercado de TI para trabalhar modelos que vão desde a elaboração de software até o entendimento de como a informação é disseminada na web hoje em dia. Departamentos de inovação de organizações que desenvolvem pesquisas em TI também contratam matemáticos.

6 - Especialista em inteligência artificial

Com os avanços da robótica, crescem os investimentos no desenvolvimento de robôs e microrrobôs que desempenham funções como exames médicos invasivos, identificação de defeitos em tubulações e redes elétricas e substituição do homem em atividades perigosas.

7 - Profissional de ecorrelações

Nos próximos anos, deve aumentar a pressão social para que empresas assumam maiores compromissos de responsabilidade socioambiental, exigindo mais das atuais áreas de sustentabilidade corporativa. O profissional de ecorrelações será o responsável por intermediar o relacionamento entre instituições, consumidores, comunidade, ambientalistas e organismos governamentais para avaliar o impacto ambiental das decisões de uma empresa.

8 - Profissional de marketing para e-commerce

No Brasil, a cada ano as vendas online crescem de 30% a 40%, segundo a Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico. Por isso, profissionais habilitados a desenvolver e implementar estratégias para aumentar a exposição de marcas e produtos na internet e a criar canais eficientes de venda online estarão hipervalorizados.

9 - Designer de games

Estima-se que a participação brasileira no mercado mundial de games seja de 2% em 2011, o que representa uma receita de 2 bilhões de reais. Há uma demanda por profissionais qualificados nas cerca de 100 empresas brasileiras do segmento. O mercado tem atraído grandes estúdios estrangeiros, como a Ubisoft, criadora do jogo Assassins Creed, e a Blizzard, criadora do Guitar Hero, ambas com escritórios no país.

10 - Gestor de eventos de entretenimento

Eventos de entretenimento é uma indústria em expansão, acompanhando o aumento do poder de consumo. Por trás dos eventos, há uma enorme operação que necessita de profissionais para planejar, captar patrocínios, organizar e montar feiras, eventos esportivos, shows e peças de teatro.

11 - Especialista em logística fluvial

O fato de a região Norte do país concentrar a maior bacia hidrográfica do mundo favorece o transporte fluvial de passageiros e cargas, criando oportunidades para profissionais que trabalham no planejamento, na execução e na fiscalização do sistema de transporte hidroviário e em sua interligação com outros sistemas de transporte. O profissional vai atuar em hidrovias ou em empresas de transporte e navegação, de produção e turismo.

12 - Gestor de direito da saúde

Já bastante difundida nos Estados Unidos, a área do direito médico começa a ganhar maior espaço no Brasil devido ao aumento do acesso da população a planos privados de saúde. Mais gente quer dizer mais negociação entre consumidor, planos e hospitais. Esse profissional pode atuar no apoio a essas três esferas.

13 - Gestor de resíduos

A produção de lixo é um problema do século 21. Existe uma gama de atividades envolvidas na destinação adequada e segura do lixo, do residencial ao industrial, de modo a evitar danos e acidentes ambientais. A demanda pelo gestor ainda é média no Brasil, com tendência a crescer nos próximos anos. Segundo a consultoria Hays, hoje o cargo é ocupado por um profissional ainda jovem, sem cargo de gestão ou com a gestão de pequenas equipes.



14 - Especialista em bioinformática

O uso de tecnologia da informação aplicado à biologia e à genética tem crescido. Existe demanda por esse profissional nas áreas de biotecnologia, farmacêutica, agricultura, medicina e bioquímica. A principal demanda é para desenvolvimento de softwares para análise de dados.

15 - Consultor em planejamento financeiro

Essa profissão é relativamente nova no Brasil. Ela surgiu há dez anos, a partir da exigência de uma certificação. Nos Estados Unidos, onde nasceu, tem 40 anos. Seu surgimento por aqui coincide com a estabilização da economia e a necessidade de as pessoas planejarem suas finanças. Esse profissional trabalha orientando clientes com planejamentos financeiros personalizados nos bancos, em consultorias ou de forma autônoma. Tende a crescer, acompanhando um possível aumento da renda média da população, associado a uma necessidade maior de planejamento da aposentadoria.

16 - Gerente de inovação

Algumas empresas já têm um profissional dedicado a gerenciar a inovação. Esse cargo tende a ser mais comum, conforme crescem a busca pelo lançamento de produtos e serviços que proporcionem vantagens de mercado, a otimização de processos e o desenvolvimento de ferramentas tecnológicas que ajudem as corporações a economizar tempo e dinheiro. Essa área só tende a se intensificar nas próximas décadas.

17 - Tecnólogo em construção naval

Segundo a Associação Brasileira das Empresas do Setor Naval e Offshore, o número de empregados na área deve passar de 56 000 (no ano passado) para 100 000 em 2016 e há falta de profissionais em todos os níveis da indústria — técnico, tecnólogo e engenheiro. Além do pré-sal, movimenta esse mercado a demanda por barcos pequenos. O construtor naval é quem produz embarcações de pequeno e médio porte. Ele é o responsável por selecionar qual sistema hidráulico e elétrico será implementado, assim como a capacidade de circulação e todos os materiais que serão usados. Rio de Janeiro, Pernambuco e região do Vale do Itajaí, em Santa Catarina, são grandes polos de construção naval.

18 - Planejador de e-learning

A internet fez explodir a demanda por cursos de educação à distância. E a exigência dos empregadores por cursos frequentes de aperfeiçoamento ou por formações rápidas em assuntos específicos criou um amplo mercado para o e-learning. Para atender a essa demanda surgem os planejadores de e-learning, responsáveis por pesquisar e contribuir com o conteúdo dos cursos, organizando de forma didática, interativa e visualmente interessante. O profissional vai trabalhar em instituições de ensino, universidades corporativas e consultorias especializadas em ensino à distância.

19 - Especialista em epidemias e desastres naturais

Com as mudanças climáticas, aumenta a preocupação com situações de catástrofes naturais, como enchentes e desabamentos de encostas. Isso gera a necessidade de profissionais capazes de desenvolver e instituir programas de prevenção e reação a situações de calamidade.

20 - Especialista em agroecologia

A expansão da agricultura e da pecuária no Brasil é uma ameaça a ecossistemas importantes, como o do Pantanal e da Amazônia. O profissional de agroecologia terá a missão de propor soluções, como políticas públicas e inovações tecnológicas, para tornar as atividades agrícolas mais sustentáveis. Pode ser um consultor, trabalhando para empresas que capacitam produtores rurais a obter certificações em sustentabilidade. Ele pode também atuar em órgãos públicos, capacitando agricultores para produzir de forma mais ecologicamente correta.

21 - Tecnólogo em telemedicina

Graças às novas tecnologias disponíveis para as telecomunicações e aos avanços da robótica aplicada à área da saúde, crescem as iniciativas para realizar diagnósticos e até cirurgias à distância, em áreas remotas ou de difícil acesso. O técnico em telemedicina, um profissional com conhecimentos de tecnologia, dará suporte a uma equipe médica apta a prestar serviços de saúde remotamente. A profissão é nova e há pouca gente experiente no assunto.

22 - Coordenador de terceirização offshore

Com a globalização dos negócios e o ganho de importância de questões como a responsabilidade socioambiental, surgiu a necessidade de profissionais responsáveis por assegurar que os fornecedores terceirizados em outros países sigam os padrões éticos e de qualidade requeridos pela organização que os contratou. Também é tarefa desses profissionais identificar novas oportunidades de terceirização em outros países.



23 - Gestor do esporte

Esqueça a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos. Essa profissão vai além desses eventos. O mundo dos esportes é uma indústria bilionária. Apenas o futebol brasileiro gerou 1,52 bilhão de reais em receitas totais em 2010. Trata-se de um mercado que requer gente qualificada, com visão de negócios para administrar marcas, gerenciar equipes e projetos em empresas, consultorias, clubes, agências de marketing esportivo, veículos de comunicação especializados e marcas esportivas.

24 - Engenheiro de energias renováveis e tecnologia não poluente

A corrida pela busca de tecnologias e recursos energéticos renováveis entrou na pauta do desenvolvimento sustentável e deu novo fôlego a essa profissão, voltada para construção, análise, manutenção e operação de sistemas mecânicos e também para atividades de gestão nessa área. Deve haver demanda por profissionais habilitados a realizar avaliações, emitir laudos e pareceres técnicos. No caso da energia eólica, isso se aplica especialmente às regiões Nordeste e Sul.

25 - Gerontólogo

Um estudo do Banco Mundial estima que a quantidade de idosos no Brasil vai triplicar nas próximas quatro décadas. Com o envelhecimento progressivo da população, o número de idosos sem cuidados familiares vai dobrar até 2020 e quintuplicar até 2040. Diferentemente do geriatra, médico especialista na saúde das pessoas idosas, o gerontólogo se dedicará a planejar e implementar ações para aumentar a qualidade de vida dos idosos, no contexto social ou da saúde. Na iniciativa privada, poderá gerir instituições voltadas para os cuidados com esse público, e no governo, desenvolver políticas públicas e programas educativos para o bemestar da terceira idade.

26 - Advogado especialista em direito eletrônico

A Federação das Empresas do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio) estima que 8,5% das famílias paulistanas tenham, ao menos, um integrante que já foi vítima de crime eletrônico. Os delitos praticados na rede vão de roubo de informações e downloads indevidos a fraudes bancárias, entregas de pedidos não realizadas e calúnia e difamação. A atividade de um advogado especialista nesse tipo de ocorrência consiste, muitas vezes, em encontrar, compreender e interpretar a legislação, que não contempla todos os casos.

27 - Desenvolvedor de web móvel

O mercado de tecnologia, principalmente o de telecomunicação, tem uma demanda grande por dispositivos móveis. Esse profissional desenvolve programas de interfaces e aplicativos para comércio e marketing eletrônico, trabalhando com computação móvel, redes sem fio e sistemas.

28 - Consultor de sucessão

O Brasil passa por um momento de consolidação de muitas companhias familiares, fundadas nas décadas de 1960 e 1970, e que agora precisam de uma gestão mais profissional. Essa transição, no entanto, não é fácil. Não são raros os casos de empresas muito bem-sucedidas que faliram quando o fundador deixou a presidência. Para ajudar nesse momento, entra em cena o consultor de sucessão. Ele tem como objetivo dar continuidade ao empreendimento familiar.

29 - Farmacoeconomista

Esse profissional estuda e analisa os custos com o uso de medicamentos para os sistemas de saúde e para a sociedade, englobando todos os aspectos econômicos envolvidos. É ele quem precifica os remédios lançados pelos laboratórios farmacêuticos e negocia a compra deles pelo governo, por exemplo. Também pode atuar em hospitais. A demanda vai acompanhar necessidade de gestão dos altos custos do sistema de saúde no Brasil.


30 - Curador de arte

O mercado de arte no Brasil está cada vez mais dinâmico e complexo, o que faz com que cresça a demanda por gente qualificada. A exportação de obras de arte cresceu 500% de 2005 a 2010, movimentando 10 milhões de dólares. O número de galerias no país tem aumentado, assim como a quantidade de institutos e centros culturais ligados às grandes empresas, fundações e governos. O profissional que o mercado procura precisa entender tanto de arte como de seu mercado, assim como ter conhecimento sobre curadoria e administração.


Fonte: http://exame.abril.com.br/carreira/noticias/30-novas-carreiras-promissoras-no-brasil






terça-feira, 9 de outubro de 2012

Pense como empreendedor e Colha os benefícios


Para ser um CIO empreendedor, você precisa experimentar e pensar sobre o seu negócio de novas formas. Por exemplo, já pensou em explorar dados grandes para oferecer um serviço de informação?


Especialistas dizem que um dos papéis que os CIOs devem se colocar é o de empresário. Mas o que significa ser um CIO empreendedor?


Para responder a esta pergunta, Madeline Weiss, diretora da Society for Information Management's Advanced Practices Council (APC), recorreu à história de sucesso de Bryan Mistele, CEO e co-fundador da Inrix.

Sete anos atrás, a Inrix era apenas um sonho. Hoje, é uma provedora global de serviços de informações de tráfego que auxiliam os motoristas a descobrirem as melhores rotas e evitarem atrasos. Os clientes incluem a Ford, BMW, Mercedes-Benz, Volvo, Garmin e até a Apple.


E o que os CIOs podem aprender com o trabalho do empreendedor Mistele?


1 - Pense sobre as necessidades dos clientes de novas maneiras


Historicamente, os dados de tráfego são coletados nas estradas através de bobinas magnéticas no pavimento. São sistemas de coleta caros de construir e manter, e que fornecem apenas uma quantidade limitada de informações sobre um número limitado de estradas. Para alcançar âmbito mundial a Inrix teve que encontrar outras fontes confiáveis de dados de tráfego, além da rede de bobinas.

Como você pode pensar de forma diferente sobre os produtos da sua empresa e serviços? Você poderia criar um serviço de informação?


2 - Crie ecossistemas com parceiros de negócios


Desde o início, Mistele procurou maneiras de obter empresas locais nas muitas regiões que atua para complementar e ampliar as capacidades da Inrix. Obteve os dados de tráfego de veículos comerciais (como táxis e caminhões de entrega) já equipados com dispositivos de GPS. Também negociou uma troca com empresa de mapeamento digital, a  Tele Atlas: Inrix deu dados de tráfego da Tele Atlas e, em troca, ganhou 12 clientes blue-chip, US $ 1,5 milhões em receitas e uma força de vendas de 50 pessoas. No ano passado, Inrix adquiriu uma concorrente, ganhando 200 clientes em 30 países.

Você pode pensar em formas criativas para construir um ecossistema que complemente e amplie as capacidades da sua empresa?


3 - Utilize dados e análise preditiva


A Inrix tem dados em tempo real sobre o tráfego, meteorologia, cronogramas de construção e eventos esportivos. Usa esses dados para fazer previsões e responder a perguntas tais como: Qual caminho devo tomar de casa para o trabalho hoje?

Mistele encontrou um software analítico preditivo ideal, enquanto observa seus filhos jogarem futebol. Conversando com outros pais, ele aprendeu que a Microsoft tinha desenvolvido uma ferramenta preditiva construída usando algoritmos sofisticados, mas que a empresa não tinha a intenção de usar o software. Mistele rapidamente garantiu um acordo de licenciamento exclusivo.

Como você está explorando o poder do Bida Gata e dos algoritmos de previsão? Os fundos de hedge estão experimentando a digitalização comentários em páginas de produtos da Amazon para tentar fazer previsões de vendas. Os comerciantes estão analisando os fluxos no Twitter para obter notícias antes de serem oficialmente confirmadas. 

O quão amplo é o universo onde você está procurando algoritmos e de talentos?


4 - Experimente


A primeiro experiência de Mistele foi uma startup de software que ele lançou no seu apartamento enquanto ele estava na Harvard Business School. Mais tarde, na Microsoft, ele desenvolveu um site para auxiliar e informar os compradores de imóveis, que a implosão da bolha dotcom implodiu antes mesmo de ser lançado.

A trajetória de Mistele na Inrix também inclui experimentos - com tecnologias e parcerias - que sempre foram bem sucedida. Mas os empresários têm uma qualidade especial que lhes permite lidar com contratempos e falhas.

Você pode incluir essa capacidade entre as suas competências e atividades e as da sua empresa?

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Todo empreendedor deve ser também um líder


Empreendedorismo e liderança são dois temas que, com frequência, aparecem associados. Mas, para abrir uma empresa é preciso, necessariamente, ser um líder? Gilberto Sarfati, professor da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGV-EAESP), e Gilberto Guimarães, professor de Liderança da Business School São Paulo (BSP), acreditam que sim. "Sem dúvida essa é uma relação direta. Se o empreendedor sabe que não possui essa característica, ele precisa encontrar um sócio que assuma o papel do líder", diz Guimarães. 

Para Sarfati, é fundamental que o líder seja o dono da empresa porque é por meio dele que serão passados os valores e a cultura da organização. "É ele quem deve indicar o direcionamento da empresa, guiar a equipe para onde ela deve ir", explica. 

Contratar um gerente ou diretor que assuma essa função não é uma boa alternativa, na opinião de Guimarães. "Um profissional com características de líder é muito caro. Mas, se o empreendedor não tiver sócios, é melhor contratar alguém do que deixar a equipe sem nenhuma figura de liderança", aponta. 

As principais características de um líder, segundo os professores, são capacidade de fazer escolhas, de motivar, inspirar, convencer e influenciar pessoas. "O líder também tem de saber ouvir a equipe", completa Sarfati. 

Como aprender a ser um líder

Ao contrário do que o senso comum acredita, liderança não é um dom inato. Portanto, é algo que pode, sim, ser aprendido ao longo da vida. "É evidente que algumas pessoas nascem com essa característica mais acentuada, mas isso não significa que ela não possa ser aprendida", pondera Guimarães. 

Antes de procurar meios para desenvolver o espírito de liderança, é fundamental que o empreendedor faça uma autoanálise com o objetivo de identificar, com sinceridade, se possui - ou não - características de um líder. "Ele pode começar revendo a sua trajetória na escola, na faculdade, nos empregos anteriores e constatando se costumava tomar a frente dos projetos ou não", aconselha Sarfati. 

A partir daí, mesmo para quem possui características de liderança e deseja aprimorar esse lado, vale buscar cursos formais sobre o assunto, livros ou até mesmo pesquisar na internet. 

"Mas o mais importante mesmo é o treinamento. Nos cursos, o empreendedor aprende quais são as competências essenciais para liderar, mas ele só vai encontrar a fórmula que combina com o seu estilo e com o da sua empresa quando por em prática. Se o empresário não aplicar, vira apenas cultura e não aprendizado", explica Guimarães.

Fonte: http://invertia.terra.com.br/empreendedor/noticias/0,,OI6193066-EI19588,00-Todo+empreendedor+deve+ser+tambem+um+lider.html